Sacudi as folhas do pé,
Limpei os ramos dos braços,
Do tronco, removi as raízes
mortas e secas,
E o corpo mexeu-se.
À medida que caminhava,
o pó e os ninhos antigos
de animais caíam.
Do pó vim,
Mas ao pó ainda não hei-de voltar.
Pé por pé,
passo por passo,
numa caminhada elegante que se assemelha a uma dança,
apercebo-me que estou nua.
Já não há heras,
não há animais,
não há folhas,
e as flores já pereceram e caíram.
Não mais,
criaram raízes.
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