quarta-feira, 27 de junho de 2007

“Pinto-me porque é a mim que me vejo”




Frida Kahlo proferiu esta frase após 1925, após um brutal acidente de autocarro em que um corrimão do mesmo lhe trespassou a cintura e saiu pela vagina, deixando lesões permanentes. Ao contrário dos diagnósticos do médicos, Frida conseguiu voltar a andar, embora as suas melhoras tenham sido lentas e dolorosas. Muitos dos quadros da mesma tratam-se do seu corpo, pois era o objecto que a pintora mais visionava.
Frida foi não só conhecida pela sua veia artística, pelo seu forte pincelar de emoções como também pelo seu conhecido entusiasmo político, nomeadamente, voltado para o partido comunista, onde conheceu o seu marido, Diego Rivera, também ele, pintor.
As suas obras foram várias vezes classificadas como surrealistas, afirmando a mesma que "Acreditavam que eu era surrealista, mas não o era. Nunca pintei os meus sonhos. Pintei a minha própria realidade". Realidade dura esta. Raiva, frustração, a esperança que se perde, as dores que nos infligem, um bem maior invisível, a impotência, a dependência dos outros. A dor.

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