quarta-feira, 27 de junho de 2007

Joaquim do Vale 1919-2007




Parece que não me apercebi da importância que tinhas quando estavas comigo. Parece que não te dei o devido valor. Tantas vezes que poderia ter estado contigo. Tantas vezes que rimos juntos e não me apercebi da iminência da tua partida. Da última vez que estivémos juntos não te disse lamechices do género "está tudo bem, «galã dos anos 40». Um dia destes vamos alugar um filme juntos". Pensei que teria tempo para o fazer noutra altura. Ignorei os devaneios da Natureza, e «os misteriosos desígnios de um possível existente deus». deus cruel esse. Foi a gracejar que partiste. Foi sem sofrer. Quando falavam de ti, dava gargalhadas. Não percebia a razão do choro. Contigo sempre houve motivos para gracejar. Mas não o disse na altura devida. Não demonstrei o quanto gostava de ti na altura devida. Não fumámos o charuto juntos. Não lanchámos, nem fomos ao cinema como deveríamos. Será que sabes que me fazes falta? Será que o sabias antes de partires? Temo que não. Temo que não o demonstrei quando devia. Temo que te desiludi. Mas agora não há muito a fazer, pois não? ^_^Mas como contigo sempre houve motivos para sorrir, é assim que te deixo um abraço e uma grande palmada nas costas (que me deixavam as costas vermelhas) :)

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