segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Dia Frio, por mim

Esforço dilacerante, que berra ao nosso corpo para parar. Um frenesim gotejante, que estimula o beijo sufocante e forte do medo. O desespero do sacrifício, determinado e bem conseguido, por quem vale a pena. Pára de tremer! Levanta-te, como um ramo de uma árvore se levanta, depois de derrubado por uma bola de neve, uma e outra vez. Gelo constante, que corta os movimentos amplos do abraço tímido de um benjamim ao pai, à saída da escola. Um corpo arrepiado, não pela humidade causada pela proximidade das ondas do mar a rebentar no pontão, mas pela ansiedade de reencontrar o seu irmão embarcado.

A camisola clara e quente atrasa a partida da irmã saudosa. O entusiasmo supera a vergonha da criança, que agora conta alegremente o seu dia, com faces mais rosadas, pelo calor do seu pai. O tronco da árvore parte-se, a floresta chora, mas a árvore erguer-se-à de novo [assim como dita a natureza]. A batalha é travada, com o esforço estampado de quem sofre, sua e tenta. Então tudo pára, e num silêncio gritante, as certezas desvanecem-se.

Agora que aqui chegaste, Agora que tudo conseguiste, Agora que tudo tens o que tudo achavas precisar e agora, que aqui estás... Não te pergunto se gostas do que tens, mas se o apreciaste enquanto vivias para o ter [Alguma vez soube o que queria?]. Eu completo-me, por de mim preciso. Eu vivo e convivo para ser feliz. Eu faço, porque objectivos me fazem conhecer. Eu não esqueço, para aprender, sempre.



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